segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pontos na cabeça

Quando eu tinha 6 anos, estudava numa escola em que minha mãe era vice-diretora, a EC 305 Sul.
Ao final de cada aula, eu ficava aguardando do lado de fora da escola, brincando com algumas crianças até que minha mãe enfim pudesse ir pra casa comigo.
Um certo dia, sentei-me numa corrente que separava o jardim da escola e, uma outra criança, me empurrou. Virei três vezes e bati a cabeça na pedra.
Rapidamente, as professoras da escola me pegaram e me levaram para o banheiro dos professores escondido da minha mãe porque ela estava grávida.
Lá, estancaram o sangue para só depois falar pra minha mãe.
Fomos pra casa e minha mãe ligou para o meu pai, médico, dizendo que eu havia batido a cabeça e que talvez precisasse de ponto.
Ele saiu do trabalho correndo e esqueceu da maleta de primeiros socorros.
Quando chegou em casa e tirou o tampão, o sangue jorrou.
Mais que depressa, ele pediu pra minha mãe uma linha e uma agulha de costura, as esterelizou e falou pra mim, que se eu chorasse, seria pior, que era pra eu ficar bem caladinha.
Sem anestesia, ele literalmente costurou minha cabeça. Foram 3 pontos.
Lembro-me que não chorei e que não doeu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário