sábado, 17 de outubro de 2009

A Presença de Deus

Eu estudava no Colégio Marista de Brasília e aos 13 anos a escola promoveu um encontro interescolar católico.
Fomos para Nova Betânia. Um lugar lindo no meio de uma serra.
Lá, fazíamos orações, cantávamos e íamos à capelinha para as missas promovidas.
Uma certa noite, nos reunimos em volta de um monte de madeira, cuja intenção era acender uma fogueira para fazermos uma oração.
O céu estava limpinho com muitas estrelas à vista pq a luz lá era precária.
Muitos adolescentes juntos e, já nos conhecíamos, então começamos a conversar e não prestar atenção em nada do que era falado naquela hora.
Quanto mais a gente brincava, mais a orientadora pedia para fazermos silêncio, para entrarmos em estado de oração e é claro que não obedecíamos.
Os coordenadores tentavam acender a fogueira e não conseguiam. Aí é que a gente ria mesmo! Debochávamos disso.
A fogueira realmente não pegou por nada. Jogaram querosene, álcool e nada
A orientadora se irritou, disse que Deus deveria estar triste com nossa atitude e muito brava, mandou todo mundo ir para os quartos pra dormir.
Assim que entramos no quarto, o céu fechou. Já não dava pra ver as estrelas e em menos de cinco minutos começou uma chuva com trovoada e tudo.
E o inesperado aconteceu.
A fogueira começou a pegar. Quanto mais chovia, mais as labaredas aumentavam.
O choro de todos foi inevitável.
Logo entendemos o que estava acontecendo. A presença de Deus era clara.
Enquanto a gente brincava e não levava a sério a ocasião, a fogueira não acendeu.
Desde esse dia, sinto a presença de Deus constantemente em minha vida.
Mesmo nas ocasiões em que acho que não merecia, Ele está comigo.
Sinto forte Sua presença.
É uma experiência linda!!!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um laka por um beijo

Quando eu fiz 16 anos, comecei a namorar o Léo, hoje meu marido.
No ano de 1988, toda semana eu viajava com meus pais para algum evento do Lions Clube (um clube de serviço social de ordem internacional) e, por coincidência do destino, os pais do Léo também.
Nos conhecemos então num ônibus, a caminho de Tupaciguara em Minas Gerais.
Na outra semana, fomos para Uberlandia, depois para Uberaba (não me lembro se a ordem foi essa), mas o que realmente importa é que no dia 23 de abril de 1988, estávamos em Caldas Novas - GO.
Passamos o dia juntos. Foi muito gostoso aquele dia.
E ao final do dia... ele me roubou um beijo e começamos a namorar.

Naquela época passava um comercial do chocolate Laka em que o menino dizia: Trouxe um laka pra vc! E rouba um beijo da menina. O fundo musical era Crying in the Rain do A-Ha
Mais tarde, eles fizeram um outro comercial em que o casal de adolescentes dizia: um laka bor um beijo, um beijo por um laka

Todos os meses do nosso primeiro ano ele me dava um Laka de presente e a gente dizia a frase: um laka bor um beijo, um beijo por um laka.
E ainda hj, nós comemoramos esse dia 23 de abril de uma forma especial. Mas até hoje me surpreendo ao receber o laka, como da primeira vez!

Encontrei o comercial da época....
Inocente e lindo de viver!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Caminho de Casa


Eu estudava numa escola pública. A EC 305 Sul.
Eu me lembro que aos 6 anos eu brincava de advinhar o caminho de casa.
Então, eu fechava os olhos e ia indicando pra mim mesma quando que minha mãe tinha que virar, a hora exata de entrar na tesourinha, a hora de entrar na quadra. Tudinho eu acertava. Milimetricamente eu dava conta de saber onde eu estava.
Amava brincar disso!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Agua corrente


Eu tenho grande fascínio por rios e cachoeiras. As águas correntes me dão energia.
Quando eu era pequena, meus pais de vez em quando iam pra uma chácara de um amigo em Santo Antonio do Descoberto.
No quintal da casa, havia um rio. Ai que delícia... ficava horas com os pés merculhados pra tomar coragem de entrar porque a água era gelada, ou então ficava só na beirada mesmo brincando com a argila que se formava.
Lá foi meu primeiro contato tanto com rio quanto com argila.
Saudades.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A chegada de um anjo

Dois anos depois do nascimento da minha irmã, nasceu a outra irmã.
Era um sonho dourado aquela criaturinha que iria "tirar o trono" da outra que tirou o meu.
Eu tinha apenas 8 anos mas ainda consumida pelo ciumes da chegada turbulenta daquele meu presente de aniversário.
Os anos que se passaram foram de união total entre eu e minha irmã mais nova. Nos unimos contra a irmã do meio. Nas brincadeiras, sempre a gente achava um jeito dela se dar mal.
E foi assim por muitos anos, até que ela cresceu, se tornou uma adolescente de personalidade forte, e, pra que não houvesse problemas maiores do que já haviam, não nos falamos mais. Isso durou por uns 10 anos ou mais.
Se a gente se falava, era faísca na certa.
Até que um dia, fiquei grávida. Ela passou a gravidez inteira ignorando a minha existência e eu a dela.
Quando Luísa nasceu, assim que saí do hospital fui passar uns dias na casa dos meus pais.
Estava com aquela pequenina no meu colo e morrendo de vontade de ir ao banheiro.
Quem abriu a porta foi minha irmã do meio. Não por gosto, mas porque não tinha mais ninguém pra abrir a porta pra mim.
Eu, mais que depressa, entreguei a Luísa pra ela e corri pro banheiro.
Acho que foi amor a primeira vista. Ela se encantou com minha filha e a partir daí a história de anos de ciúmes, mudou.
Quem a boca do filho adoça  a minha beija. Não é mais ou menos assim que diz a máxima???
Pois foi assim que aconteceu.
Ela é louca pela minha princesinha e a gente se fala numa boa, sem problemas, sem discussão, sem ciumes.
Tudo na santa paz do meu anjinho Luísa!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Nascimento da minha irmã

Quando completei 6 anos, ganhei de presente de aniversário uma irmã.
Ela chegou com 10 dias de atraso: dia 28 de abril.
Eu sempre dormi em berço;quando minha irma chegou, passei a dormir na cama.
Minha mãe sempre me cobria e me beijava antes de dormir; quando minha irmã chegou, ela não fez esse mimo pra mim.
Foi quando eu bem arteira, pensei: vou beliscar minha irmã, que ela vai chorar e aí minha mãe vai ver que não estou coberta, vai me cobrir e me dar um beijo.
Foi o que fiz! Dei um belo beliscão nela.
Ela chorou, minha mãe foi ao quarto, a pegou no colo, balançou, mimou, deu um beijo nela, colocou de volta no meu berço e foi embora.
Por muito tempo eu e minha irmã ficamos igual cão e gato.
Quando já adulta, contei esse fato pra minha mãe, ela disse que era delírio meu, que eu estava inventando...
Ela nem se lembra, mas eu, me recordo perfeitamente daquele dia!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Chuva

Amo a chuva!!!
Me sinto criança toda vez que chove!
Fico com uma vontade incontrolável de tomar banho de chuva e, se estou na rua, ando bem devagar pra que a chuva me pegue mesmo.
Quando eu era pequena, meus pais passavam os finais de semana numa cidadezinha próxima daqui chamada Valparaíso.
Toda vez que chovia, a água da casa toda caína numa calha só e formava uma bica. Aí eu colocava o biquini e ia tomar banho de bica na chuva!!!
Ai que delícia!!!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mangueira

Meu avô morava no interior do Ceará, mas precisamente em São Luis do Curu. Uma família pobre, porém era a mais rica da cidade.
Sempre nas férias íamos para lá. Era uma festa chegar naquela cidade, ainda mais porque meus tios eram um pouco mais velhos que eu.
Ele tinha uma outra casa. Não sei se o nome da cidade era Timbaúba, ou se foi um apelido que deram ao local.
Não havia saneamento básico por lá. A água, era buscada no poço e para tomarmos banho, era improvisado um banheiro com papelão.
Em frente à casa, havia uma mangueira. Eu sempre tive vontade de subir nessa mangueira, mas não me recordo se cheguei a subir nela.
Mais tarde, meu avô se mud0u aqui pra Brasília, eu já era uma adolescente e nem gostava mais de São Luis do Curu, mas hoje sinto saudades dessa época.

Tudo começou...

Vendo o blog da amiga Cláudia, me deu uma nostaugia tão grande e uma vontade de fazer parecido...
Como disse o velho Chacrinha parafraseando Lavoisier, " Na Natureza, nada se cria, tudo se copia", resolvi também fazer um blog sobre minhas lembraças.
Quem me conhece sabe o quanto que sou desmemoriada, mas, uma lembrança puxa a outra e... vamos ver no que isso vai dar!